Em tempos mais recentes a liberdade de expressão é tida quase como um direito divino de cada indivíduo. Algo que retire do ser o seu livre arbítrio de escolha e de se expressar é encarado como coisa das trevas, como algo que desde muito tempo atrás foi superado. Okey... Penso também que cada um tem o seu direito de opinar, de se posicionar perante questões do dia-a-dia. Mas até onde vai esse direito? Até que ponto o direito de um não invade a privacidade do outro?

O comentário feito por Rafinha pegou mal para sua própria imagem, numa demonstração de desrespeito e mau gosto, especialmente no que diz respeito à criança. Tudo bem que piada é piada, e esse é o argumento utilizado por ele e pelos fãs. Mas há um momento em que a piada deixa de ser divertida, ou apenas irônica, e passa a ser ofensiva.

O caso nos leva a pensar a até que ponto a liberdade de expressão deve ser aceita. Talvez pelo fato de ser um formador de opiniões, e de grande influência nas redes sociais, famoso, Rafinha tenha pensado estar acima do julgamento geral... Em outro programa o apresentador chegou a dizer que “mulheres feias deveriam agradecer caso fossem estupradas, afinal os estupradores estavam lhes fazendo um favor, uma caridade". Por conta disso, ele foi alvo de investigação do Ministério Público Federal. Rafinha também ofendeu Daniela Albuquerque, mulher do presidente da RedeTv!, chamando-a de “cadela”. Dia 26 de agosto ele se desculpou ao vivo, por ordem da direção da Band.
Rafinha tem se revelado um rebelde sem causa, já que é famoso, rico, e tem (ou tinha) seu cargo garantido no CQC. Com certeza o caso fará com que as pessoas, especialmente do ramo televisivo, pensem melhor antes de manifestar opinião ofensiva ou preconceituosa, especialmente quanto aos humoristas.
Liberdade de expressão é essencial, de importância indiscutível. Mas há um limite entre a liberdade de se expressar e a falta de respeito para com os outros, entre a piada e a falta de educação. Uma coisa nada tem a ver com a outra!
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