segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Talento no futebol nacional

   O futebol está a cada dia que passa mais centrado na força física, na capacidade corporal do atleta, em sua condição de correr, marcar, estar em cada lugar do campo durante todos os minutos de uma partida. Mas, ainda assim, hão de admitir que a graça do futebol esteja no improviso, na habilidade incomum, naquele algo a mais que está presente no craque, no jogador que veste a camisa 10.
   Na arte de formar jogadores desse tipo, o Brasil é rei. Desde muitos anos atrás, mais precisamente até a época em que meu conhecimento de futebol se estende, mais ou menos a partir de Pelé, que o Brasil apresenta a cada nova geração um novo talento, alguém que consiga mudar o rumo de uma partida em um lance, em um toque, um drible, um arremate. Rivelino, Sócrates, Falcão (ainda que atuando como volante) são peças raras do futebol mundial, de categoria refinada e superioridade indiscutível aos outros jogadores. Mais recentemente, outras preciosidades do futebol, também criados aqui, tal como Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Diego, Lucas, Ganso, Neymar, e até mesmo o grandalhão Leandro Damião, que calou quem dizia ser ele um jogador grosso, ao humilhar o lateral esquerdo da argentina. E por aí em diante, pois certamente me esqueci de alguém.
   O que países como Inglaterra, Portugal, Espanha e por aí em diante demoram décadas para conseguir, ou seja, um jogador craque, decisivo, que atua bem em todos os jogos, que chama a responsabilidade pra si, o Brasil produz por ano. Não por mérito exclusivo dos professores de categorias de base, mas sim porque naturalmente o futebol faz parte da vida de quase todo garoto brasileiro. Ele já nasce gostando de chutar a bola, sem influência de ninguém vai brincar na rua, sonha em ser o maior de todos. Em um país extenso como o nosso, fato que jogadores excelentes surgirão a cada novo ano. Afinal, que país do mundo consegue promover um campeonato nacional tão acirrado, equilibrado, como há no Brasil? Nenhum país, exceto o próprio Brasil, onde o campeonato tem início e há, pelo menos, 10 equipes com potencial de chegar ao título. No velho continente, só como ilustração do pensamento, sempre os mesmos três ou quatro estão ganhando. Por tudo isso e ainda mais, somos e continuaremos sendo o país do futebol: o maior campeão do mundo nesse esporte tão querido por aqui.

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