quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Superclássico Brasil e Argentina

Mais uma vez o clássico Brasil e Argentina não rendeu o esperado. Aliás, há 21 anos o maior clássico do futebol mundial não é disputado em uma Copa do Mundo, o que, convenhamos, dá mais brilho ao espetáculo por ser o torneio de seleções mais importante do futebol. Falando do jogo de ontem em si, disputado na cidade de Córdoba, na Argentina, criou-se muita expectativa para pouca execução. Pelo lado argentino, chamou a atenção o centroavante Boseli, aquele mesmo que marcou gol no Mineirão e calou a torcida cruzeirense na final da Libertadores. Pena que sentiu a coxa e saiu. Mas além dele tinha o Martinez, que joga como um antigo ponta, rápido, objetivo, com bom chute. Infernizou o pobre Danilo, que joga tão avançado no Peixe, e ficou tão preso no jogo de ontem. Ah, o Martinez também se contundiu... Que coisa! Mas, e o Brasil? É... O Brasil jogou na base da habilidade individual. Jogadores que nunca atuaram juntos sofreram com o desentrosamento, e lances de perigo foram poucos, sempre originados por Neymar, ou dos pés do maior goleador do Brasil na atualidade, a fera Leandro Damião, ou Damigol, como preferirem. Aliás, impossível escrever qualquer coisa relacionada ao jogo e não comentar sobre o lance magnífico do atacante. Se a partida não foi tudo aquilo que se esperava, valeu a pena assistir só por aquele lance. Objetivo, ele humilhou o lateral esquerdo argentino e com um toque de classe quase marcou um gol antológico. Pena que bateu no poste! Ronaldinho Gaúcho parecia o Ronaldinho da época Milan, com raros lances que despertassem atenção, como num lindo passe de letra para Neymar que desconcertou a zaga de nossos hermanos.  Paulinho manteve a regularidade apresentada no Corinthians, acertando passes, jogando o feijão e arroz e errando bem pouco; Ralf foi firme, tem um porte físico invejável. Renato Abreu esteve muito apagado, e quando a bola chegava nele, não resultava em nada. Nosso setor defensivo não foi ruim, mas Kléber e Danilo não são os melhores de suas posições, pelo menos ao meu modo de ver. Foi um jogo que pôde mostrar que o nosso futebol nacional é de qualidade, é competitivo ao nível internacional, mas falta, e falta muito, entrosamento. Duas bolas na trave, uma falta muito bem defendida pelo arqueiro argentino e lances de habilidade até ficaram de bom tamanho pela falta de conjunto existente. Dia 28 o jogo é aqui... Mais uma chance a eles, jogadores, e a nós, espectadores, de presenciarmos o nosso verdadeiro futebol, o futebol do Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário