quinta-feira, 2 de maio de 2013

Besteiras ditas sobre o Barcelona

   Este assunto podia render duzentas linhas. Mas é tão simples que não vai passar de umas vinte.
   O futebol está ficando rico em qualidade e o Barcelona não morreu. ESSE Barcelona não morreu. A geração "melhores do mundo" continua.
   É difícil argumentar contra fatos, mas nesses dois anos o time da Catalunha caiu na Champions por azar, por praga dos deuses do futebol. Em 2012, Messi perdeu um pênalti imperdível por ele, e o Chelsea conseguiu algo raríssimo. Marcou com todos  os dez atrás do meio de campo e ainda assim fez dois gols no Camp Nou. É competência defensiva, e é sorte lá na frente. Ou é competência de Ramires e Lampard na frente, e sorte no pênalti que carimbou a trave.
   Este ano, o azar foi duplo. Messi contundido - fato inédito nesta fase da competição - e um primeiro jogo infeliz. Infeliz, pois, com Messi em campo pela metade de seu condicionamento físico, era pra ser 1x0, 2x0 no máximo. A arbitragem colaborou com os bávaros. Pro jogo da volta, nada de Messi. Pra piorar, nas duas partidas não estiveram Puyol e Mascherano. Os pontos altos da defesa estavam de fora, e o melhor do mundo também. É como se o Bayern jogasse sem Schweinsteiger, Robben e Ribéry. Não criaria na frente, sofreria atrás.
   Agora, dizem que acabou este Barcelona. Messi e Iniesta são novos, e só Xavi está realmente "velho". O Bayern é um ótimo time, o Borussia também, assim como o Real, o Manchester United e alguns outros. A hegemonia do Barcelona mexeu com os ânimos alheios, e quem está ganhando é o futebol. Simplesmente o nível foi igualado, e a graça catalã está em cheque. O que se tem de fazer é separar a igualdade de condição, de tática e de nível técnico alcançado pelos outros, do papo furado em dizer que o ciclo de Messi e cia teve fim.

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