segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Sociedade do Mal


          Atualmente temos uma espécie de consenso que critica medidas governamentais, mas deturpa e ignora fatos tão importantes quanto repetitivos a cada dia, mês e ano. Se você acha errado e injusto, por exemplo, que crianças entrem para o mundo do tráfico, que pessoas morram à espera de atendimento nos hospitais públicos, que trabalhadores sejam explorados por impostos exorbitantes e largados à própria sorte num país violento, que famílias percam entes em decorrência do terrorismo mundial, que animais sejam maltratados e não tenham lar ou carinho, que recém-nascidos sejam jogados em lixeiras, que africanos se matem por comida... Se você acha que isso é demasiadamente desumano, talvez haja de concordar que cada um desses acontecimentos tem um motivo, um início. Posso até estar errado, mas é questão de ideologia, e, para mim, o ponto chave é o topo. É o comando, a organização, são os governos e o sistema de aplicação do dinheiro.
          Será necessário e de utilidade humana que o homem pise na lua? Que gaste bilhões de dólares explorando planetas e galáxias distantes? Não poderia (e deveria) o dinheiro aí investido servir de fonte de melhor vida às crianças e famílias ignoradas que amargam cotidianos horrendos? O investimento espacial é apenas um mero e famoso exemplo, mas o “desperdício financeiro” não se limita apenas a isto. Pudera fosse assim, mas no Brasil, e falo do Brasil porque não sei em outros países, mas aqui sim, o governo gasta milhares de reais todo mês custeando viagens e comodismos de deputados, senadores e demais funcionários públicos. Não bastasse um salário absurdo, motim de protestos e indignações por parte de professores, policiais e bombeiros, que sequer um décimo do que aufere um deputado, arrecadam num mês sofrido de trabalho, há ainda as tais verbas indenizatórias – utilizadas por parlamentares para cobrir gastos em viagens, aquisição de roupas, etc., que fazem escoar pelo ralo, todos os anos, mais milhares de reais.
          Vejo que é necessário que as pessoas mudem a forma de pensar. A África sofre com ditadores que confiscam da população o pouco que lhes é ofertado pela sociedade mundial. Pois bem, grandes nações preocupadas com suas respectivas indústrias bélicas, invadam tais países e propaguem a luta pela paz. Esqueçam por um instante, por mais prejudicial economicamente que isso possa ser, do petróleo e de territórios geograficamente importantes. Deixem de ocupar o Oriente, e ocupem as terras esquecidas. Não me parece certo que crianças enfermas e barrigudas se alimentem de barro e água.
           Urge a ação enérgica de um líder firme, inteligente e capaz de financiar esta mudança. Sem mais rodeios, que os políticos gastem menos em campanhas, preocupem-se menos com a imagem e zelem mais pela vida. Que chegue o dia em que apenas espíritos evoluídos encarnem e assim o bem queiram e propaguem pelo mundo. Estou cansado de esperar coisa melhor e ao lado de uma mansão notar um milhão de barracos. Estamos fartos de más notícias. Ainda assim, não percamos as esperanças. A mudança está próxima, ao menos eu espero que esteja.

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