sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cotas? Somos mesmo do "terceiro mundo"

          Há poucos minutos não só li, como comentei no facebook, em uma discussão carregada de opiniões bastante divergentes a respeito do preconceito racial e da existência de feriados e cotas a negros e pobres/alunos do ensino público.
          A opinião que sustento é que, não só hoje, como desde sempre, a cor não define e nunca definiu a capacidade mental de alguém. Por quê, então, instituir cotas aos negros? Um negro de uma x idade teve o mesmo tempo que um branco de mesma idade x para estudar. Desde que não tenham nascido com deficiência mental, tanto o negro como o branco possuem a mesma capacidade de aprendizado e podem, portanto, disputar em mesmos critérios uma vaga no mercado de trabalho, uma boa classificação universitária, e assim por diante. Não faz sentido a aplicação de cotas, se todos temos a mesma capacidade. A história de sofrimento negro durante grande parte do passado não interfere numa vaga a um curso universitário, nos dias atuais. Não sei em outras nações, mas tenho a impressão de que somos um dos poucos, senão o único país, a realizar tal prática.
          Em se falando de cotas, a questão se repete na esfera social, pois também alunos da rede pública possuem este privilégio. Ora, o governo instituir cotas à estudantes do ensino público não é contraditório? O governo atesta, com essa medida, sua incapacidade em educar cidadãos bem informados e respeitosos. Não podia ser diferente, uma vez que nas escolas públicas o que se menos faz é estudar. Não é preconceito, não, é conhecimento adquirido em conversas com amigos e quando à frente de uma televisão. A falta de professores e o tempo ocioso somam-se à pouca vontade de uma maioria de alunos em aprender, material ruim e espaços impróprios para o estudo.
          Privilegiar índios, negros e pobres com cotas é assinar embaixo o argumento de que vivemos em um "país de terceiro mundo."

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